terça-feira, 5 de outubro de 2010

O sonho ainda não acabou!

E mais um ano passou, 92 ficou pra trás. E mais uma Libertadores. Em Abril de 93, uma incrível jornada: 3 campeonatos ao mesmo tempo (Paulista, Copa do Brasil e Libertadores), 16 partidas em um mês, contra o Corinthians no dia 4, Sergipe no dia 6, Newell’s no dia 7, Guarani no dia 9, Marília no dia 11, Sergipe no dia 13, Newell’s no dia 14, Ituano no dia 16, Palmeiras no dia 18, Rio Branco no dia 20, Flamengo no dia 21, União São João no dia 23, Santos no dia 25, Rio Branco no dia 27, Flamengo no dia 28 e Mogi Mirim no dia 30.
Conquistando ponto a ponto, mais uma final da Libertadores. E a Jéssica nem tinha nascido ainda!
E que vitória, hein? A maior goleada em finais de Libertadores: 5 a 1 em cima da Universidad Católica del Chile. A primeira vez que um time brasileiro é bicampeão do torneio.
E aquele ataque do Chile: 4 defesas seguidas do monstruoso Zetti! E a bola não entrou!
E a declaração do técnico chileno: “São Paulo és un equipo de maestros, un equipo iluminada”
E lá vamos nós para o Japão! De novo! Eu, já com 6 anos, veria junto com a Jéssica (já com 7 meses) o São Paulo enfrentar o Milan. E que jogo!
Todos queriam ver o jovem Juninho (sim, o atual presidente do Ituano, por quem eu era apaixonada) no lugar do veterano Toninho Cerezo. Mas nosso técnico era o Telê, amigo! E ele optou por um meio de campo com Dinho, Doriva e Cerezo, com Leonardo na armação, Müller e Palhinha no ataque.
Tomamos sufoco, só dava Milan. Aos 19 minutos, gol. Gol do Palhinha, gol do São Paulo. No primeiro tempo, foi a única vez que a rede balançou. No segundo tempo, complicação. Gol de Massaro. Mas ai Telê mostrou porque era o mestre: Toninho Cerezo fora poupado por vários jogos para que aos 14 minutos tivesse fôlego para avançar pela direita, receber o passe de Leonardo e tocar para o gol.
Só que houve mais um empate. Será que teríamos fôlego para superar o Milan na prorrogação? Não haveria necessidade. Müller fez o gol da vitória, na falha da zaga milanesa. “Questa gol è per te, buffone” (Este gol é pra você, palhaço!), foi o que o zagueiro ouviu de Müller
São Paulo, bicampeão do mundo!


Do banco de reservas, um menino pensava: “Um dia essa alegria vai voltar, comigo no gol...”

7 comentários:

  1. Maravilhoso texto, tô adorando acompanhar essa história, Dani.
    Bendita hora que te convidei para ser uma Fanática! Você é demais, consegue passar o sentimento para todos que estão lendo esse texto. Excelente! Beijos da mais linda e humilde, Fê.

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  2. Gostei principalmente da última frase! Viva o MITO.

    Bjos

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  3. Ai que lindo o post. Adorei a forma como você transmite o sentimento. Eu tinha um aninho ainda quando tudo aconteceu, mas depois de ler senti ter passado por tudo também. Parabéns!

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  4. Lindo lindo texto, Dani!
    Eu adoro essa história do Müller zuar com a cara do zagueiro! hahaha... muito bom mesmo!
    Engraçado que foram 16 jogos em um mês em três competições, hoje se houver 8 em um mês ao caras não conseguem jogar!

    Enfim, ameiii o post, minha querida!
    Continue assim!!!!

    Beijos,
    Adri.

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  5. Do banco de reservas, um menino pensava: “Um dia essa alegria vai voltar, comigo no gol...”

    Mandou muito Dani parabens !
    bjo

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  6. Achou q eu não ia passar por aki?ham
    To adorando acompanhar isso td com vc Dani, pra variar belo texto amora...parabéns!!
    Bjokas
    Anita

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  7. Parabéns pelo seu texto,muito bacana,bem interesante,gostei bastante !

    Bj

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