terça-feira, 12 de outubro de 2010

O Milênio é Tricolor!

É a partir dos anos 2000 que nós começamos a “viver” ativamente a história do São Paulo, não é? Pelo menos no meu caso foi, já que a minha primeira ida ao Morumbi foi nesse ano (escondida do papis e da mamis). E a partir daí, quantas vitórias não assistimos nesse palco. Nele e fora dele!
E como começar a falar dessa década? Que tal começar falando da pessoa mais importante nos últimos anos? Sim, o maior ídolo da história do Gigante, Rogério Ceni.
Seu primeiro jogo como titular? 25 de junho de 93, no Torneio de Santiago de Compostela, ganhando de 4 a 1 sobre o Tenerife-ESP. Seu primeiro gol? 15 de Abril de 97, contra o União São João de Araras.

Um craque que podemos chamar de ídolo sem medo de errar, pois é o único que me vem à cabeça que, mesmo sendo tão bom, preferiu ficar no Brasil, “Pra sempre Tricolor”.
Em 2001, um menino brasiliense, “subido” de Cotia, começa a despertar os holofotes do mundo do futebol. Kaká, atual “galactico madrileño”, surgiu contra o Botafogo, fez dois gols, ergueu os braços para o céu, agradeceu e sorriu! E fez toda a torcida sorrir também!
E como não lembrar do garoto campineiro que até hoje faz a alegria dos Tricolores: Luis Fabiano,
aquele que diz que “ganhar da Argentina é igual ganhar do Corinthians”
E essa mistura do garotinho playboy de classe média alta e de técnica privilegiada, com o garoto pobre que mistura raça e oportunismo rendeu ao Tricolor o título do campeonato Rio-São Paulo de 2001. Infelizmente, depois de algum tempo, Kaká caiu de produção, e antes de se transferir para a Europa, a torcida pegou no pé (inclusive uma das colunistas deste blog, que foi ao CT jogar pipoca no coitado, acreditam? Mas ela se arrepende muito, eu juro!)
Mas em 2003, começamos de novo. Ao time de Milton Cruz e Rojas chega o raçudo Diego Alfredo Lugano Morena, que fora contratado por análise de vídeos por Marcelo Portugal Gouvêa, se tornando o “zagueiro do presidente”. E vieram ainda o CIcinho do Atlético Mineiro, Grafite, Fabão e (urgh) Danilo do Goiás, e Rodrigo da Ponte Preta.


Já dirigidos por Leão, em 2005, conquista do Paulista na 18º rodada. E o Santos quis atrapalhar, levando o jogo para Mogi Mirim, mas não teve jeito. R. Ceni; Fabão, Lugano e Edcarlos; Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Junior; Grafite e Diego Tardeli. É nosso!
Em 14 de Abril, pela Libertadores, 3 a 1 sobre o Quilmes, mas o placar não foi o que mais chamou a atenção naquela noite, e sim a prisão do zagueiro Desábato, que ofendeu com mensagens racistas o nosso Grafite.
E em julho, chegaríamos à final do nosso campeonato favorito, e pela primeira vez contra um time brasileiro. E pela primeira vez eu veria uma final de Libertadores! Pense como ficou o coração da Tia Dani!
E as polêmicas? A Arena da Baixada tinha 25 mil lugares, sem a capacidade mínima de 40 mil lugares prevista pela Conmembol. Em cima da hora, os dirigentes atleticanos tentaram aumentar o número de arquibancadas. Mas os dirigentes tricolores negaram-se a jogar ali, e meu pintor de rodapé favorito, Marco Aurélio Cunha, soltou a máxima “Não adianta fazer puxadinho em cima da hora. Tem que ter estádio pronto!” (I love, MAC!) O primeiro jogo acabou indo para o Beira-Rio, em 6 de julho, e acabou em 1 a 1.
Em 8 de julho, Tia Dani faltou à aula no CEFAM, e estava na fila da bilheteria para comprar seu ingresso, e no Dia da Bastilha, 14 de Julho, via o Morumbi lotado com 70 mil torcedores!
O resultado? Terceira bandeira cravada no alto da Cordilheira. 4 a 0 para o dono do MorumTRI!


Fim do ano de 2005. Eu com 18 anos, passei todo o ano estudando para os vestibulares...
No dia 18 de dezembro de 2005, o São Paulo enfrentou os temerosos vermelhos de Liverpool. Aos 26 minutos, Fabão lança para Aloísio, que domina e toca para Mineiro, que recebe bem, tocando na saída de Reina, acabando com os 1000 minutos sem gols do “invencível” Liverpool de Gerrard, aquele que fica com a cara da derrota toda vez que lembra do Mito!
E onde eu estava na hora do jogo? PRESTANDO VESTIBULAR! SIM, EU SÓ VI ESSE JOGO NO VT! Mas pelo menos eu passei na Unesp, né? ...

Créditos das fotos:

Blogs Torcida Tricolor, Blog Futebol e Preconceito, Revista ESPN, Revista Placar.

5 comentários:

  1. Simplesmente lindo! Nossa, no seu lugar acho que não conseguiria fazer a prova, minha cabeça ficaria só no jogo! Ainda bem que vc passou no vestibular e com o São Paulo campeão, ou melhor, Tri! hehe... Kaká, Luís Faniano... esse foi o começo de uma nova geração que nos deu orgulho!

    TEXTO MARAVILHOSO COMO SEMPRE!

    Beijos beijos,
    Adri.

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  2. É, passei no vestibular e minha mãe não deixou eu ir estudar no interior! PRA QUE ME FEZ PERDER O JOGO ENTÃO!

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  3. Nunca fui Kakazete, mas lógico que achei covardia o que fizeram com ele. E só de saber que tem uma colunista que foi jogar pipoca nele me parte o coração... HAHAHAHAHAH.

    A história com o Grafite me deixou completamente puta! Lembro perfeitamente, da imagem...

    E alguns momentos maravilhosos fincaram mais na memória. Ah, 2005...
    Tenho tantas lembranças boas...

    Parabéns pelo texto, Danita!

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  4. Parabéns pelo texto e pelo blog, meninas!

    Continue assim Dani, adorei sua história, ainda bem que eu vi aquele jogo! rs

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  5. menina amei seu texto... 2005 foi um ano maravilhoso pro nosso TRICOLOR ... adorei a história da faculdade rsrs

    Parabéns!!! *-*

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